domingo, 1 de abril de 2012

Vagas em cursos de Medicina serão ampliadas no País...


Governo quer elevar taxa de médicos em 38% 

por habitante 



O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, afirmou nesta terça-feira que a meta do governo é elevar em 38% o percentual da taxa de médicos por habitante no país, aumentando de 1,8 para 2,5 por grupo de mil pessoas no país, até 2020. O programa do governo para aumentar o número de médicos formados no Brasil está sendo preparado pelos Ministérios da Educação e da Saúde, por determinação da presidente Dilma Rousseff. Conforme revelou a coluna Panorama Político, do GLOBO, o pacote para ampliar a formação de médicos no país prevê a ampliação dos atuais cursos de medicina, na rede pública e privada, e a criação de novas faculdades, até mesmo por hospitais particulares de excelência, como o Sírio-Libanês e o Albert Einstein, em São Paulo; o Moinhos de Vento, em Porto Alegre; e o Aliança, em Salvador. A ideia é ampliar vagas nos cursos de medicina das universidades federais, o que poderá ser feito já em 2012. Outra iniciativa será criar faculdades federais atreladas a hospitais mantidos pelo governo. Em nota divulgada, nesta semana (7), 27 Conselhos Regionais de Medicina (CRMs) e do Conselho Federal de Medicina (CFM) reiteram sua posição contrária à proposta do Governo de ampliar o número de vagas e cursos para formação de médicos no país. A nota rebate afirmações do ministro da Educação Aloizio Mercadante. Segundo os conselhos de medicina, a abertura de vagas e de cursos de medicina e a possível atuação de médicos estrangeiros sem revalidação de diplomas no país são falácias que tentam desviar a sociedade das medidas que, efetivamente, podem colaborar para o fim da desigualdade na assistência em saúde. Para as entidades, o problema não está no número de médicos, mas em sua má distribuição. " Para combater esse dilema, espera-se a implementação de políticas públicas como a carreira de estado para o médico - que estimulem a fixação dos profissionais nestas regiões, oferecendo-lhes condições de trabalho, apoio de equipe multiprofissional, acesso à educação continuada, perspectiva de progressão funcional e remuneração adequada à responsabilidade e à dedicação exigidas" . Contra novas escolas

O Brasil conta com 372 mil médicos e 185 escolas de medicina em atividade.

Entre 188 nações, apenas China, EUA, Índia e Rússia nos superam em números absolutos destes profissionais. De 1970 até 2011, o aumento do número de médicos foi de 530%; enquanto a população cresceu 104%. Entre 188 nações, o Brasil é o quinto país do mundo em número absoluto de médicos perde apenas para China, EUA, Índia e Rússia sendo que no continente americano 20% destes profissionais em atividade estão aqui. Em termos proporcionais, os dados mais recentes apontam uma razão de 1,95 médico por 1.000 habitantes no país. Contudo mesmo a média nacional, não é baixa, quando comparado a padrões internacionais: o Japão tem 2,06 médicos por mil habitantes, por exemplo. No entanto, internamente, essa média não é uniforme: no Sudeste, o índice é de 2,6; e no Norte, fica em 0,8. Ou seja, a desigualdade resulta diretamente da falta de estimulo para que médicos e outros profissionais de saúde deixem os centros mais desenvolvidos e se fixem em áreas distantes. (Imprensa- Conselho Federal de Medicina)

Vagas em cursos de Medicina serão ampliadas no País

O governo pretende com isso elevar a quantidade de médicos para atingir até 2020 uma proporção de 2,5 profissionais por mil habitantes.

O governo federal quer aumentar a quantidade de médicos no Brasil e por isso vai lançar ainda neste ano um programa para a criação de mais vagas em cursos de graduação de medicina. A ação também vai prever parcerias para que hospitais considerados de "excelência" - como o Sírio-Libanês e o Albert Einstein (em SP) - criem suas escolas superiores. O plano foi uma determinação da presidente Dilma Rousseff (PT) aos ministros Alexandre Padilha (Saúde) e Aloizio Mercadante (Educação). As medidas terão impacto a médio prazo e por isso uma solução mais rápida, embora polêmica, cogitada pelo Palácio do Planalto é incentivar a entrada de médicos de países vizinhos no Brasil. O governo pretende com isso elevar a quantidade de médicos para atingir até 2020 uma proporção de 2,5 profissionais por mil habitantes. O índice atual é 1,8, atrás de países como Estados Unidos (2,4), Reino Unido (2,7), Argentina (3) e Cuba (6,7). Além disso, os ministérios pretendem melhorar a distribuição dos profissionais no País. Mercadante afirma que já existe um levantamento para a elevação das vagas nos cursos de graduação de medicina nas universidades federais. "Além disso, queremos fechar parcerias com as estaduais e as particulares de bom nível", disse o ministro, sem detalhar qual será o investimento no programa. O MEC também quer fechar parcerias com hospitais considerados de referência para que eles criem cursos de graduação em medicina. Mercadante cita como exemplo Albert Einstein e o Sírio-Libanês, em São Paulo; o Aliança, em Salvador; o Português, no Recife; e o Moinhos de Vento, em Porto Alegre. Esse trabalho, segundo o ministro, está nas "primeiras sondagens". Incentivo Em relação ao ingresso de médicos formados no exterior, Mercadante não explicou como será o incentivo para atraí-los. Ele diz que não haverá um afrouxamento no Revalida - programa para a validação de diplomas de instituições de fora do Brasil. O Conselho Federal de Medicina informou que discorda totalmente da proposta. Segundo Desiré Callegari, primeiro secretário do órgão, não faltam médicos e sim uma política de fixação dos profissionais em determinadas regiões.


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